Artigos
Críticas
domingo, 12 de setembro de 2021
A saga do menino Fidel e seu cavalo, Che
quinta-feira, 19 de agosto de 2021
Wim Wenders é homenageado em Sarajevo
quarta-feira, 18 de agosto de 2021
Ken Loach é expulso do Partido Trabalhista Britânico
O cineasta inglês Ken Loach, 85 anos, conhecido por sua ideologia marxista, seus filmes politicamente e socialmente engajados, duas vezes vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes por Ventos da Liberdade (2006) e Eu, Daniel Blake (2016. Veja aqui uma matéria a respeito), foi expulso do Partido Trabalhista Britânico no qual era filiado desde a década de 1960.
Depois de um tempo afastado da militância, Ken Loach voltou a ter participação ativa quando Jeremy Corbyn tornou-se líder do partido. Ambos, além de muitos outros militantes, dedicaram-se ao apoio à Palestina contra as agressões do Estado de Israel. Isso provocou um "racha" no partido e iniciou uma onda de difamação por membros da ala conservadora, que tem relações próximas com o estado judeu.
Dezenas de militantes do Partido Trabalhista foram suspensos ou expulsos. Em contrapartida, milhares de outros saíram do partido em um gesto de solidariedade e como resposta às perseguições lideradas pelo atual líder Trabalhista, Keir Starmer, a figuras do movimento sindical e de boicote a Israel.
Em sua página no Twitter Ken Loach disse sobre a sua expulsão que "(...) o quartel-general do Partido Trabalhista finalmente decidiu que não sou digno de ser membro do seu partido, já que me recusei a renegar aqueles que têm vindo a ser expulsos. Tenho orgulho de encontrar-me ao lado de bons amigos e camaradas, vítimas deste expurgo. É, sem dúvida, uma caça às bruxas... O Starmer e a sua turma nunca dirigirão um partido do povo. Somos muitos, eles são poucos. Solidariedade!".
Podemos ter certeza de uma coisa: além de solidário, Ken Loach é um homem fiel aos seus princípios.
Veja aqui o trailer oficial de Eu, Daniel Blake, dirigido por Ken Loach e vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes (legendado - HD):
Veja aqui o trailer oficial de Você Não Estava Aqui, o mais recente filme dirigido por Ken Loach (legendado):
#PanoramaDoCinema
#ForaBolsonaro
#MarioFriasNaCadeia
segunda-feira, 16 de agosto de 2021
ULTRAPASSAMOS AS 110.000 VISUALIZAÇÕES!!!
sábado, 7 de agosto de 2021
Ato pela Cinemateca Brasileira
terça-feira, 3 de agosto de 2021
DC Super Hero Girls | Cuidado, vilania! As heroínas são demais no cinema!
domingo, 1 de agosto de 2021
Manifesto dos trabalhadores da Cinemateca Brasileira sobre o incêndio na unidade da Vila Leopoldina
CRIME ANUNCIADO! - O incêndio que acometeu o edifício da Cinemateca Brasileira na Vila Leopoldina na noite de 29 de julho de 2021 foi um crime anunciado, que culminou na perda irreparável de inúmeras obras e documentos da história do cinema brasileiro. Essas instalações são parte fundamental e complementar em relação ao espaço da Vila Clementino, onde se encontra armazenada a maior parte do acervo da Cinemateca Brasileira. Recentemente, em fevereiro de 2020, uma enchente já havia afetado grande parte do acervo documental e audiovisual lá depositado.
Há mais de um ano denunciamos publicamente a possibilidade de incêndio nas dependências da Cinemateca pela ausência de quaisquer trabalhadores de documentação, preservação e difusão. Houve o alerta sobre a chance de o sinistro ocorrer nos acervos de nitrato da Vila Clementino, pois trata-se de material inflamável que pode entrar em autocombustão sem revisão periódica. Não foi o caso deste, o quinto incêndio na instituição. No entanto, as causas são as mesmas. Seguramente, muitas perdas poderiam ter sido evitadas se os trabalhadores estivessem contratados e participando do dia a dia da instituição.
No próximo dia 8 de agosto completará um ano do abandono da Cinemateca Brasileira pelo Governo Federal e a demissão de todo seu corpo técnico, que sequer recebeu os salários não pagos e as rescisões pela anterior gestora, Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto - Acerp. Ainda assim foi noticiada a contratação de equipes de manutenção, bombeiros e limpeza. Apesar de serem fundamentais para o funcionamento do arquivo de filmes, não são suficientes para suas demandas específicas, como evidenciado neste dia fatídico.
A situação se torna mais crítica se pensarmos que essa ausência de equipe técnica especializada por um ano possivelmente teve consequências irreversíveis para o estado de conservação dos materiais. Certos danos são silenciosos, porém tão trágicos quanto um incêndio, e igualmente irrecuperáveis. Trata-se do tempo de vida dos diversos materiais, diminuindo drasticamente, e da perigosa deterioração dos filmes de nitrato e de acetato. Apenas com o retorno da equipe especializada será possível avaliar as extensões das perdas e danos para que então as atividades de conservação sejam retomadas.
O acervo que estava armazenado na Vila Leopoldina, apesar de em menor número, possuía igual relevância e importância ao da Vila Clementino. Abaixo listamos alguns dos materiais possivelmente perdidos ou afetados no incêndio de 29 de julho de 2021:
- Do acervo documental: grande parte dos arquivos de órgãos extintos do audiovisual como parte do Arquivo Embrafilme - Empresa Brasileira de Filmes S.A. (1969 - 1990), parte do Arquivo do Instituto Nacional do Cinema - INC (1966 - 1975) e Concine - Conselho Nacional de Cinema (1976 - 1990), além de documentos de arquivo ainda em processo de incorporação. Para evitar que novas enchentes atingissem o acervo, parte desses materiais foi transferida do térreo para os depósitos climatizados no primeiro andar, principal área atingida pelo incêndio. Tal medida ocorreu após uma grave enchente em fevereiro de 2020. Parte do acervo de documentos oriundos do arquivo Tempo Glauber, do Rio de Janeiro, inclusive duplicatas da biblioteca de Glauber Rocha e documentos da própria instituição.
- Do acervo audiovisual: parte do acervo da distribuidora Pandora Filmes, de cópias de filmes brasileiros e estrangeiros em 35mm. Matrizes e cópias de cinejornais únicos, trailers, publicidade, filmes documentais, filmes de ficção, filmes domésticos, além de elementos complementares de matrizes de longas-metragens, todos estes potencialmente únicos. Essa parcela do acervo já havia sido parcialmente afetada pela enchente recente. Parte do acervo da ECA/USP - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo da produção discente em 16mm e 35mm. Parte do acervo de vídeo do jornalista Goulart de Andrade.
- Do acervo de equipamentos e mobiliário de cinema, fotografia e processamento laboratorial: além do seu valor museológico, muitos desses objetos eram fundamentais para consertos de equipamentos em uso corrente, pois, para exibir ou mesmo duplicar materiais em película ou vídeo, é necessário maquinário já obsoleto e sem reposição no mercado.
O incêndio da noite de ontem é mais um motivo pelo qual não podemos esperar para dar um basta à política de terra arrasada e de apagamento da memória nacional! Estamos em luto, pela perda de mais de meio milhão de brasileiros, e agora pela perda de parte da nossa história. Incêndio na Cinemateca Brasileira em 2016, no Museu Nacional em 2018 e, novamente, na Cinemateca em 2021. Além de todas as mortes evitáveis, nossa história vem sendo continuamente 2/3 extirpada – como um projeto. Infelizmente, perdemos mais uma parte do patrimônio histórico-cultural brasileiro.
A Cinemateca Brasileira não pode ficar à mercê de novas intempéries. A gestão da instituição por meio de terceirização via Organização Social, da forma como foi realizada, mostrou como pode ser frágil essa relação, e que tal modelo não dá conta da complexidade de um órgão cultural desse porte. O edital prometido pelo Governo Federal, sem debate, ferramentas de transparência, a participação da população, de pessoas da área de patrimônio cultural e, principalmente, do coletivo dos ex-trabalhadores da instituição, não será a solução. Alerta-se ainda que o orçamento anunciado é significativamente inferior ao necessário. É preciso estabilidade e garantia de equipe técnica a longo prazo, oferecendo à instituição um orçamento compatível com os necessários serviços de preservação e difusão do audiovisual brasileiro.
Sem trabalhadores não se preservam acervos!
Trabalhadores da Cinemateca Brasileira
São Paulo, 30 de julho de 2021
#ForaBolsonaro
#MarioFriasNaCadeia
quarta-feira, 28 de julho de 2021
Filmes para ver durante os Jogos Olímpicos
A equipe de atletismo da Grã-Bretanha prepara-se para a disputa das Olimpíadas de 1924 em Paris, França. Entre os atletas, dois destacam-se: o escocês Eric Liddel (Ian Charleson, de Gandhi) e o inglês Harold Abrahams (Ben Cross, da saga Star Trek). Cada um tem os seus motivos para competir: Liddel, um cristão devoto, corre para a glória de Deus; enquanto Abrahams, um judeu, corre para superar o preconceito.
Desde criança Eddie Edwards (Taron Egerton, de Rocketman) tem o sonho de ser um atleta olímpico pela Grã-Bretanha. Após tentar vários esportes, opta pelo salto em esqui para disputar os Jogos Olímpicos de Inverno de 1988 em Calgary, Canadá. O problema é essa é uma modalidade na qual os britânicos não se classificam desde 1928. Para ajudá-lo a realizar seu sonho, Eddie pede ajuda ao ex-atleta dos EUA e alcoólatra Bronson Peary (Hugh Jackman, da franquia X-Men).
Adriana (Thalita Carauta, de S.O.S. Mulheres ao Mar 2. Veja a crítica aqui) e Maria Lúcia (Fernanda de Freitas, de Malu de Bicicleta) são duas atletas que correm na equipe brasileira de 4x100 metros rasos que chegou à final dessa prova nos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro e com chance de ganhar uma medalha. Porém, durante a corrida o bastão cai e a equipe perde a prova. Após os jogos, Maria Lucia continua como destaque do atletismo nacional, enquanto uma frustrada Adriana faz bicos em lutas de MMA. Entretanto, as Olimpíadas de 2020 em Tóquio, Japão, se aproximam e surge uma nova chance para as atletas conquistarem a sonhada medalha e obterem a redenção.
quinta-feira, 22 de julho de 2021
Frank Grillo contra Mel Gibson em "Mate ou Morra", uma alucinante aventura no tempo
quarta-feira, 21 de julho de 2021
Petra Belas Artes homenageia Richard Donner em retrospectiva
- Superman, o Filme (1978)
- Superman II, a Aventura Continua (1980, mas com versão de Donner de 2006)
- O Feitiço de Áquila (1985)
- Máquina Mortífera (1987)
- Garotos Perdidos (1987), de Joel Schumacher
- Um Domingo Qualquer (1999), de Oliver Stone, que esteve no último Festival de Cannes - veja aqui.
domingo, 18 de julho de 2021
Festival de Cannes 2021 | "Titane" ganha a Palma de Ouro
- Palma de Ouro: Titane (França)
- Grande Prêmio: Ghahreman (Irã), Hytii nº 6 (Finlândia)
- Prêmio do Júri: Memoria (Tailândia e Colômbia), Ha'Berech (Israel)
- Melhor Diretor: Leos Carax (por Annete - EUA)
- Melhor Ator: Caleb Landry Jones (por Nitram - Austrália)
- Melhor Atriz: Renate Reinsve (por Versden Verste Menneske - Noruega)
- Melhor Roteiro: Hamagushi Ryusuke e Takamasa Oe (por Drive My Car - Japão)
sexta-feira, 16 de julho de 2021
Oliver Stone garante: "Prisão de Lula foi um projeto dos EUA"
sábado, 12 de junho de 2021
Homenagem | Faleceu o ator e cineasta Julio Calasso
sexta-feira, 11 de junho de 2021
Animação libanesa "bomba" na net e revoluciona cinema árabe
domingo, 23 de maio de 2021
Ultrapassamos as 100.000 visualizações!!!
Quando iniciei este blog chamado Panorama do Cinema, logicamente tinha esperanças que chamasse a atenção dos amantes da Sétima Arte para que dessem pelo menos uma olhadinha aqui. Mas, ultrapassar as 100.000 visualizações foi muito além do que eu esperava! Principalmente levando-se em conta que este é um trabalho independente e, dentro das possibilidades deste mesmo tipo de trabalho, feito com cuidado, capricho e, principalmente, amor e paixão ao Cinema.
E é a vocês, cinéfilas e cinéfilos de todas as partes, a quem devo agradecer por estes resultados maravilhosos. Deus abençoe a todos vocês e, de minha parte, comprometo-me a melhorar cada vez mais o trabalho neste espaço onde recebo sua honrosa e prestigiosa visita.
Como é de praxe, vamos comemorar com a nossa tradicionalíssima champagne!
quinta-feira, 14 de janeiro de 2021
Crítica: Unidas Pela Esperança | Coral Afinado
- Título Original: Military Wives
- Direção: Peter Cattaneo
- Elenco: Kristin Scott Thomas (Kate), Sharon Horgan (Lisa)
- Roteiro: Rachel Tunnard, Rosanne Flynn
- Música: Lorne Balf
- Fotografia: Hubert Taczanowski
- Duração: 112 minutos
- País: Inglaterra
- Ano: 2019
- Lançamento comercial no Brasil: 14/01/2021