Atualizado em 16/07/2021.
Panorama do Cinema retorna com mais uma Dica de Leitura, na qual indicamos livros, revistas e artigos sobre cinema.
E a nossa dica de hoje vai para três livros de histórias em quadrinhos (HQs) dos irredutíveis gauleses (antepassados dos franceses) Asterix e Obelix, criações do desenhista francês Albert Uderzo (1927-2020) e de seu conterrâneo, o roteirista René Goscinny (1926-1977), um sucesso monumental traduzido, até o momento, em 83 línguas e 29 dialetos e que, ainda por cima, rendeu um parque temático (concorrente direto da Eurodisney) e, claro, 13 filmes para o cinema, sendo nove desenhos animados e quatro filmes em live-action com a participação de grandes artistas internacionais tais como Christian Clavier, Clovis Cornillac e Édoard Bauer (como Asterix), Gérard Depardieu (Obelix), Alain Delon (Júlio César), Monica Bellucci (Cleópatra) e Roberto Benigni (Detritus).
As histórias passam-se na antiguidade, mais precisamente no ano 50 a.C. quando toda a Gália (onde atualmente é a França) foi conquistada pela então República de Roma. Toda? Não. Uma pequena aldeia resiste, agora e sempre, ao invasor. Essa resistência vem da poção mágica preparada pelo druida Panoramix que dá uma força sobre-humana a quem a bebe e permite aos gauleses enfrentarem de igual para igual as legiões romanas. O conquistador romano Júlio César (100 a.C. - 44 a.C.) está sempre quebrando a cabeça em como submeter essa aldeia de loucos ao poder de Roma.
Criados em 1959 para a revista Pilote, que dava oportunidade a novos talentos das HQs, Asterix e Obelix eram, a princípio, uma sátira crítica ao nacionalismo francês, mas, vejam só, tornaram-se eles mesmos símbolos desse mesmo nacionalismo, tendo batizado um satélite artificial e foram tese de doutorado de um estudante da prestigiosa Universidade de Sorbonne.
Ainda assim, as histórias dos gauleses sempre apresentavam algum tipo de crítica bem humorada da sociedade ocidental, seja sobre o imperialismo, a guerra fria, a especulação imobiliária, o charlatanismo, os conflitos no Oriente Médio, o consumismo e o neoliberalismo.
Após a morte de Goscinny, em 1977, Uderzo assumiu, a partir de 1980, a autoria dos roteiros, pois achava que seria um insulto à memória do amigo René contratar um substituto. Porém, com o passar do tempo, a idade pesou e, Albert percebeu que já era hora de aposentar-se. Reviu sua posição e contratou não um, mas dois substitutos: Jean-Yves Ferri para os roteiros e Didier Conrad para os desenhos. A nova dupla iniciou seu trabalho em 2013, já produziu três álbuns e teve aprovação dos fãs.
A seguir, conheça os álbuns nos quais esses divertidíssimos gauleses fazem sua homenagem ao cinema:
E a nossa dica de hoje vai para três livros de histórias em quadrinhos (HQs) dos irredutíveis gauleses (antepassados dos franceses) Asterix e Obelix, criações do desenhista francês Albert Uderzo (1927-2020) e de seu conterrâneo, o roteirista René Goscinny (1926-1977), um sucesso monumental traduzido, até o momento, em 83 línguas e 29 dialetos e que, ainda por cima, rendeu um parque temático (concorrente direto da Eurodisney) e, claro, 13 filmes para o cinema, sendo nove desenhos animados e quatro filmes em live-action com a participação de grandes artistas internacionais tais como Christian Clavier, Clovis Cornillac e Édoard Bauer (como Asterix), Gérard Depardieu (Obelix), Alain Delon (Júlio César), Monica Bellucci (Cleópatra) e Roberto Benigni (Detritus).
As histórias passam-se na antiguidade, mais precisamente no ano 50 a.C. quando toda a Gália (onde atualmente é a França) foi conquistada pela então República de Roma. Toda? Não. Uma pequena aldeia resiste, agora e sempre, ao invasor. Essa resistência vem da poção mágica preparada pelo druida Panoramix que dá uma força sobre-humana a quem a bebe e permite aos gauleses enfrentarem de igual para igual as legiões romanas. O conquistador romano Júlio César (100 a.C. - 44 a.C.) está sempre quebrando a cabeça em como submeter essa aldeia de loucos ao poder de Roma.
Criados em 1959 para a revista Pilote, que dava oportunidade a novos talentos das HQs, Asterix e Obelix eram, a princípio, uma sátira crítica ao nacionalismo francês, mas, vejam só, tornaram-se eles mesmos símbolos desse mesmo nacionalismo, tendo batizado um satélite artificial e foram tese de doutorado de um estudante da prestigiosa Universidade de Sorbonne.
Ainda assim, as histórias dos gauleses sempre apresentavam algum tipo de crítica bem humorada da sociedade ocidental, seja sobre o imperialismo, a guerra fria, a especulação imobiliária, o charlatanismo, os conflitos no Oriente Médio, o consumismo e o neoliberalismo.
Após a morte de Goscinny, em 1977, Uderzo assumiu, a partir de 1980, a autoria dos roteiros, pois achava que seria um insulto à memória do amigo René contratar um substituto. Porém, com o passar do tempo, a idade pesou e, Albert percebeu que já era hora de aposentar-se. Reviu sua posição e contratou não um, mas dois substitutos: Jean-Yves Ferri para os roteiros e Didier Conrad para os desenhos. A nova dupla iniciou seu trabalho em 2013, já produziu três álbuns e teve aprovação dos fãs.
A seguir, conheça os álbuns nos quais esses divertidíssimos gauleses fazem sua homenagem ao cinema:
Obelix & Companhia (1976)
Como não conseguem vencer os gauleses pela força, os romanos tentam vencer pelo ouro, atiçando a ganância e o consumismo na pequena aldeia de nossos heróis. Para isso, começam a comprar os menires produzidos por Obelix e a revendê-los com sucesso em Roma. Este volume tem a participação especialíssima de Stan Laurel (1890-1965) e Oliver Hardy (1892-1957), mais conhecidos como O Gordo & O Magro (em Portugal, Bucha & Estica), como dois legionários atrapalhados, como não poderia deixar de ser.
A Odisseia de Asterix (1981)
No segundo álbum totalmente produzido por Uderzo, Asterix e Obelix devem ir ao Oriente Médio buscar um ingrediente imprescindível para a preparação da poção mágica que permite que sua aldeia resista aos romanos. São acompanhados pelo druida Zerozerosix - que tem esse nome por ter tentado sem sucesso por seis vezes o curso de druida. A escola acabou por se cansar e o mandou embora - que, como os leitores já devem ter adivinhado, é uma caricatura do ator escocês Sean Connery (Os Intocáveis) em uma sátira ao seu eterno papel de James Bond que, curiosamente, aqui aparece como vilão.
A Galera de Obelix (2001)
Como caiu no caldeirão do druida Panoramix quando era pequeno, Obelix não pode tomar a poção mágica, o que o deixa frustrado e irritado. Um dia, ele entra escondido na casa do druida, bebe um caldeirão inteiro de poção e transforma-se em pedra. Panoramix tenta desesperadamente encontrar um antídoto e, ao dá-lo a Obelix, este, de fato, não está mais transformado em pedra, mas voltou a ser criança! Há somente um lugar onde pode-se encontrar uma cura para Obelix pode voltar ao normal: Atlântida. Para chegar nessa ilha distante, os gauleses terão ajuda de escravos fugitivos em uma galera guiada pelo grego Spartakis que, como os leitores também adivinharam, é uma caracterização do ator estadunidense Kirk Douglas (Os Últimos Durões) no seu papel de Spartacus. Este álbum, aliás, é dedicado a este grande ator.
Asterix e Latraviata (2001)
Asterix e Obelix fazem aniversário e suas mães vem até a sua aldeia com dois presentes: uma espada e um elmo romanos. O que ninguém sabe é que essas armas pertencem a Pompeu (106 a.C. - 48 a.C.), rival de Júlio César e que deseja governar Roma. Para recuperar os artefatos, envia a atriz Latraviata disfarçada de Falbalá, uma linda gaulesa por quem Obelix é apaixonado. Sem o disfarce Latraviata parece-se com a atriz austríaca Romy Schneider (trilogia Sissi), já falecida, mas ainda muito popular na França. Pelo seu desempenho, Latraviata recebe de Asterix uma pequena estátua de Júlio César - menção ao Prêmio César, o Oscar francês - o que deixa o conquistador atônito: "Um César para uma atriz?".
As aventuras de Asterix e Obelix são publicadas em Portugal pelas Edições ASA e, no Brasil, pela Editora Record. As edições brasileiras tem preços que variam de R$ 34,90 a R$ 44,90 (valores de julho/2021, de acordo com o site oficial da Record).
Por Tutatis e por Belenos! O que estão esperando para curtir as divertidas aventuras desses irredutíveis gauleses?
Veja aqui o trailer do desenho animado Asterix e o Domínio dos Deuses (dublado - HD):
Publicado no LinkedIn em 18/12/2018.